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Embora os brasileiros estejam se interessando cada vez mais pelo mercado financeiro, muitos ainda não sabem como investir no exterior. A falta de informação pode dificultar ainda mais o processo.

Se o seu objetivo é internacionalizar a sua carteira de investimentos, os aportes podem ser feitos fora do país, de maneira direta. Contudo, elas exigem um processo mais burocrático. Por outro lado, os investimentos internacionais podem ser feitos a partir do Brasil, já que existem diversas opções disponíveis no mercado nacional.

Neste artigo, você conhecerá 4 alternativas de investimentos internacionais para diversificar a sua carteira de investimentos. Continue a leitura e confira!

O que é investir no exterior?

Investir no exterior é uma estratégia usada por investidores que buscam diversificar a carteira com investimentos em outros países. Essa é uma forma de proteger seu patrimônio contra os riscos associados ao território nacional.

Tais riscos podem ser políticos, econômicos, climáticos, ambientais, sanitários, entre outros. Afinal, existem diversos fatores que podem comprometer o ambiente econômico-financeiro do país em questão.

Por isso, os investidores que optam por usar hedge (proteção) em sua carteira são mais propensos a realizar investimentos internacionais. Todavia, a alternativa também pode ser utilizada por quem deseja diversificar carteira de investimentos e se expor a outros mercados visando incrementar os lucros do portfólio.

Por que investir no exterior pode ser interessante?

O mercado brasileiro representa apenas uma pequena parcela entre tantas possibilidades de investimento ao redor do mundo. É por isso que existem diversos benefícios de internacionalizar a carteira e ter investimentos internacionais.

Confira algumas vantagens de ter ativos internacionais na carteira:

Diversificação da carteira de investimentos

Diversificar o portfólio é um assunto recorrente quando falamos de investimentos. A prática ajuda a reduzir os riscos caso algum ativo tenha um baixo desempenho, além de aumentar o potencial de rendimento.

Nesse sentido, os investimentos internacionais podem ser uma alternativa interessante, pois dão acesso a cenários diferentes do brasileiro. Além disso, como proporcionam mais opções de ativos, também permitem maior variedade na composição da carteira.

Contato com economias mais estáveis

Deixar todo o seu patrimônio exposto apenas à economia brasileira pode afetar o potencial dos seus investimentos. Afinal, a política gera diversos impactos no setor econômico do país. Ao mesmo tempo, existem nações com maior estabilidade nesse segmento, como os Estados Unidos.

Dessa forma, os investimentos internacionais ajudam a balancear a carteira e a aumentar a segurança. Inclusive, a estratégia pode ser interessante para evitar a perda de patrimônio. Isso porque, diante de um desempenho mais baixo do mercado nacional, o cenário internacional pode ajudar a reduzir os impactos.

Exposição a moedas fortes

Ter parte da carteira de investimentos exposta a moedas fortes, como é o caso do dólar e do euro, também traz vantagens. Ao investir no exterior, além da remuneração pelo investimento, o investidor pode ter ganhos adicionais em função da valorização do dólar em relação ao real, por exemplo.

Como investir no exterior?

Agora que você sabe o que significa investir no exterior e quais são as vantagens dessa prática, vale aprender mais sobre o tema. Aqui, é comum ter interesse em conhecer as alternativas de investimento disponíveis no mercado.

Atualmente, diversificar sua carteira com investimentos internacionais é fácil e acessível, pois existem alternativas na própria bolsa brasileira. Com isso, não é necessário alocar parte do seu capital fora do país e lidar com os processos burocráticos envolvidos.

Conheça 4 alternativas de investimentos internacionais que são acessíveis para os investidores brasileiros:

1.BDRs

BDR é a sigla para Brazilian Depositary Receipts, que são certificados de depósitos de valores mobiliários emitidos e negociados na bolsa brasileira. Em geral, eles representam ações de empresas com capital aberto no exterior, além de ETFs e títulos de dívida.

Comprar esses ativos diretamente no exterior não exige a abertura de conta em instituições financeiras internacionais. Com isso, os BDRs se tornaram uma alternativa mais acessível para se expor ao mercado internacional.

Quem adquire esses certificados não compra diretamente o ativo internacional, por exemplo, embora possa participar dos resultados dele. Na verdade, os BDRs são investimentos com lastro em ativos internacionais.

Esses certificados são emitidos por instituições depositárias, que oferecem os certificados no Brasil. Elas adquirem os ativos estrangeiros e os colocam sob custódia. Assim, eles ficam bloqueados e passam a ser usados para emissão do certificado correspondente.

2.ETFs

Os fundos de índice, também chamados de ETFs (Exchange Traded Funds), são uma maneira de se expor a ações e outros ativos sem precisar fazer escolhas individuais para a sua carteira. Eles buscam replicar a variação de determinados índices do mercado financeiro.

Logo, é possível encontrar ETFs que espelham índices de outros países. Um exemplo comum são os que replicam índices norte-americanos — como o S&P500. Ele acompanha o desempenho das 500 ações mais negociadas nos Estados Unidos.

Assim, um fundo de índice que espelha um indicador internacional permite que você se exponha ao mercado exterior sem precisar enviar recursos para fora do Brasil. Entre os ETF disponíveis no mercado brasileiro está o IVVB11, que replica o S&P500 e tem suas cotas negociadas na bolsa de valores brasileira.

3.Fundos internacionais

Os fundos internacionais se diferenciam de outros fundos de investimento por ter foco nas operações com ativos do exterior. Para isso, os gestores desses fundos montam um portfólio com total ou grande participação de investimentos estrangeiros.

Eles costumam ser de ações ou multimercados, que investem em ativos variados. Nesse caso, a carteira do fundo pode ser composta por títulos, ações e derivativos de mercados de outros países.

Você pode adquirir as cotas no Brasil, por meio do seu banco de investimento. Dessa forma, não é necessário realizar transações com outras moedas — todo o investimento acontece em reais. Além disso, tudo é feito por meios de canais online.

Entretanto, de modo geral, essa alternativa só está disponível para investidores qualificados. Ou seja, apenas para quem tem, pelo menos, R$ 1 milhão comprovadamente investido ou possui certificação para atuar no mercado financeiro.

4.COEs

Por fim, o COE (Certificado de Operações Estruturadas) também é uma alternativa para investir no exterior. Ele pode ter características que se assemelham aos fundos de investimento, mas funcionam de forma bem particular.

O objetivo do COE é mesclar diferentes investimentos, mas ser um produto único, mesclando características da renda fixa e variável. Assim, a carteira pode ser composta por títulos de renda fixa, ativos ou derivativos de renda variável ou estar vinculada a mercados estrangeiros.

Portanto, se você busca internacionalizar a sua carteira de investimentos, não deixe de conferir se o COE tem lastro em ativos do exterior e como se dá essa exposição antes de fazer o investimento. Afinal, ele também pode ser estruturado apenas com ativos nacionais.

Agora que você sabe como investir no exterior, pode analisar as alternativas disponíveis para entender quais são mais adequados aos seus objetivos. Lembre-se de que estes investimentos também envolvem riscos e é fundamental que estejam alinhados ao seu perfil e necessidades.

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