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Se você pretende investir, saiba que o mercado financeiro tem alternativas para todos os perfis de investidor. Enquanto certas opções oferecem possibilidades de ganhos maiores, outras têm como principal característica a segurança. Nesse sentido, é fundamental conhecer o Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Você sabe o que ele significa? Trata-se de um órgão que oferece uma proteção extra tanto a investidores quanto a instituições financeiras. Dessa forma, é importante conhecê-lo no momento de analisar as alternativas do mercado financeiro.

Quer saber como funciona o FGC e conhecer quais são os investimentos de renda fixa que contam com essa cobertura? Continue a leitura até o fim!

O que é o FGC?

Quando se trata do mercado financeiro, um dos pontos que mais demandam atenção por parte dos investidores são os riscos envolvidos nas aplicações. No entanto, determinados tipos de investimento de renda fixa contam com uma proteção oferecida pelo Fundo Garantidor de Créditos.

Essa é uma entidade privada sem fins lucrativos, cujo principal objetivo é preservar o Sistema Financeiro Nacional (SFN). Inclusive, o FGC não tem ligação com o Governo, sendo que as arrecadações para a manutenção advêm das próprias empresas do setor.

Na prática, em casos de falência reconhecida pelo Banco Central, liquidação ou intervenção, os valores recebidos serão destinados a pagar correntistas e investidores. Entretanto, há pontos que merecem atenção sobre o assunto.

O primeiro deles é que apenas investimentos e depósitos em instituições associadas serão cobertos. Por sua vez, as instituições precisam oferecer, além das contribuições, determinados serviços ao consumidor.

Ademais, nem todos os investimentos contam com essa cobertura. Por isso, checar quais aplicações estão enquadradas na proteção do FGC é uma ação fundamental. Outro detalhe é que há um limite em relação ao valor protegido pelo Fundo Garantidor de Créditos. Então ele deve ser observado pelo investidor ao investir.

Como ele funciona?

Como você viu, o FGC possui limites. A cobertura garantida é de até R$ 250 mil por CPF ou CNPJ e por instituição ou conglomerado financeiro. Ainda, há um limite global de R$ 1 milhão que se renova a cada 4 anos.

Quer entender melhor? Suponha que você tem quatro carteiras com R$ 250 mil investidos em alternativas protegidas pelo FGC, em quatro bancos diferentes. Se todos eles decretarem falência ao mesmo tempo, todo o montante poderá ser resgatado — desde que eles não façam parte de um mesmo conglomerado.

Outro ponto relevante é que, para fazer os cálculos, são considerados tanto os valores investidos quanto os rendimentos. Logo, se você tiver investido R$ 150 mil e obtido um retorno de R$ 50 mil ao longo dos anos de aplicação, será possível receber todo o valor de volta.

Contudo, imagine um aporte de R$ 240 mil em um banco que, após um ano, rendeu R$ 24 mil. Nesse caso, apenas o montante de R$ 250 mil será reembolsados, ficando os outros R$ 14 mil fora da cobertura. Percebeu a importância de compreender o funcionamento dos limites de cobertura?

Além disso, saiba que, no reembolso, serão deduzidos os tributos referentes a cada investimento, de acordo com suas próprias regras. Para tanto, são consideradas, entre outros impostos, as alíquotas de Imposto de Renda conforme o tempo de cada alocação.

Qual é a importância do FGC na hora de fazer um investimento?

Além de compreender o que é o Fundo Garantidor de Créditos e como ele funciona, é fundamental considerar a sua importância para os investimentos. A atuação do FGC promove outros benefícios que ultrapassam o papel de oferecer segurança aos investidores e de evitar crises bancárias.

Um deles é a melhora da competitividade entre as instituições. Afinal, se não houvesse essa garantia, os bancos maiores, mais antigos ou internacionais tenderiam a ser priorizados pelos investidor — o que levaria a concentração de recursos.

Com o suporte do FGC, portanto, instituições menores têm mais condições de ingressarem no mercado financeiro e oferecer alternativas mais atrativas aos investidores.

O FGC também desempenha uma função essencial de proporcionar mais confiança ao público no momento de realizar investimentos. Afinal, a estabilidade do sistema financeiro é um critério que pode ser decisivo quando se trata de alocar recursos.

Por exemplo, imagine que um investidor prioriza segurança em vez de rentabilidade na hora de montar uma carteira. Nesse caso, as alternativas asseguradas pelo FGC tendem a ser opções adequadas à estratégia, certo?

Quais investimentos contam com essa proteção?

Você já aprendeu mais sobre o FGC e viu que nem todas as aplicações possuem a garantia, não é mesmo? Por isso, é preciso entender quais são as alternativas de renda fixa que oferecem essa segurança extra.

As principais opções são:

  • CDBs (certificados de depósitos bancários);
  • RDBs (recibos de depósitos bancários);
  • LCs (letras de câmbio);
  • LCIs (letras de crédito imobiliário);
  • LCAs (letras de crédito do agronegócio);
  • LHs (letras hipotecárias);
  • Depósitos a prazo com garantia especial (DPGE).

No caso dos investimentos em DPGE, no entanto, é preciso saber que há uma exceção à regra geral de cobertura do FGC. Para eles, a cobertura máxima oferecida pelo FGC é de R$ 40 milhões.

Ainda é importante ressaltar que o dinheiro depositado em conta corrente ou poupança também está assegurado, sempre que ela for de uma instituição associada. Essa associação é uma obrigatoriedade às instituições financeiras, como medida de proteção ao sistema financeiro.

Caso queira conferir quais instituições financeiras são ligadas à entidade, há uma lista disponível no site do FGC. Faz parte dessa lista instituições públicas, bancos privados e de desenvolvimento, sociedades de crédito, entre outras.

É preciso investir apenas em alternativas cobertas pelo FGC?

Ao pensar na segurança do FGC, é comum se perguntar: será que é preciso sempre investir em alternativas com essa cobertura? Na verdade, a montagem de uma carteira de investimentos depende do perfil do investidor, bem como dos objetivos que ele pretende alcançar.

Logo, o primeiro passo é definir uma estratégia para nortear as alocações que serão realizadas. Por exemplo, quem tem perfil conservador prefere se expor menos a riscos, mesmo que isso signifique uma rentabilidade menor. Nesse caso, a cobertura pode ser bastante relevante.

Além disso, é preciso considerar que existem outras aplicações que podem ser seguras. Um exemplo são os títulos públicos, que estão entre os mais seguros do mercado financeiro, pois são integralmente garantidos pelo Governo Federal.

Como foi possível perceber, o Fundo Garantidor de Créditos tem o objetivo de oferecer mais segurança a todo o sistema financeiro. Desse modo, tanto os investidores quanto os bancos terão melhores condições para atuar no mercado.

Os investimentos cobertos pelo FGC são adequados à sua estratégia? Então abra uma conta no BTG Pactual e conte com a assessoria da Lotus Capital para montar sua carteira!

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