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Os fundos imobiliários (FIIs) costumam agradar àqueles que desejam se expor ao mercado de imóveis — especialmente aqueles que não possuem um montante elevado para o investimento direto em uma propriedade. Afinal, o preço de uma cota costuma ser inferior ao que seria necessário ter para comprar um imóvel por conta própria.

Contudo, é comum ter dúvidas sobre como avaliar as alternativas do mercado ou os resultados da carteira de investimentos com esse tipo de fundo. Mas você sabia que existe um indicador de mercado que pode ajudar nessa tarefa? Trata-se do índice IFIX, um benchmark que mede o desempenho dos FIIs.

Se você quer aprender mais sobre o assunto, continue a leitura deste conteúdo! Nele, você entenderá o que é o IFIX e como ele funciona.

Vamos lá?

O que é um benchmark?

Quem investe, geralmente, toma decisões após avaliar as alternativas disponíveis no mercado, certo? Na prática, quando se fala no investimento em ações ou FIIs, é bastante comum o uso da análise fundamentalista. Ela permite conhecer e avaliar os fundamentos de um negócio ou fundo.

Com os dados obtidos, podem ser feitas comparações entre duas ou mais alternativas para identificar aquela mais alinhada à sua estratégia, por exemplo. Agora, quando o objetivo é comparar a performance de um ativo em relação aos resultados do respectivo setor, o uso de um benchmark tende a fazer mais sentido.

Isso porque o benchmark é um indicador criado para medir o desempenho de um ativo ou segmento de mercado. Logo, ele pode ser utilizado como referência para fazer comparações, avaliar a rentabilidade de um portfólio e embasar decisões de investimento.

Seu uso é bastante comum em fundos de investimento — principalmente aqueles que possuem gestão ativa. Afinal, para que o gestor seja remunerado pela taxa de performance, ele geralmente precisa entregar uma rentabilidade superior à de um determinado benchmark.

O que é IFIX e como ele funciona?

A sigla IFIX significa Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários. Seu objetivo é indicar o desempenho médio das cotas dos FIIs negociados na B3 (a bolsa de valores brasileira). Ele é o resultado de uma carteira teórica composta de FIIs que atendem a critérios específicos.

Ademais, o IFIX é índice de retorno total. Ou seja, além das variações de preços, ele reflete os impactos causados pela distribuição de dividendos no retorno dos FIIs. Portanto, ao analisá-lo, você terá uma visão completa sobre os maiores fundos imobiliários do mercado nacional.

Esse indicador é divulgado pela B3 em tempo real e pode ser conferido no seu site oficial. Assim, você pode acessar os resultados atuais e de períodos passados — caso queira uma análise histórica da evolução do índice.

Quais são os FIIs que fazem parte da composição desse índice?

Após aprender o que é um benchmark e conhecer o IFIX, é preciso saber quais são os FIIs que fazem parte da sua composição, não é mesmo? Na prática, todos os índices de mercado adotam uma metodologia para a composição de sua carteira teórica — e não é diferente com o IFIX.

A seguir, confira os diferentes critérios utilizados!

Critérios de seleção

Para integrar o IFIX, a B3 exige que o fundo imobiliário cumpra determinados requisitos. Veja os principais:

  • ser elegível entre os FIIs que representam 95% do somatório do índice de negociabilidade (IN), durante as 3 últimas carteiras;
  • não ser classificado como “penny stock” — ou seja, não ter uma cota negociada por um preço inferior a R$ 1;
  • ter presença em 95% dos pregões no período de vigência das 3 carteiras anteriores;

Critério de ponderação

No IFIX, os fundos são ponderados pelo valor de mercado considerando a totalidade de cotas emitidas pelo FII. Nesse sentido, quanto maior for o seu valor de mercado, maior será o peso do FII na composição do índice.

Contudo, segundo as regras determinadas pela B3, nenhum fundo pode ter um peso maior que 20% no indicador. Caso isso ocorra, são efetuados ajustes para adequar o peso do FII a esse limite, redistribuindo o excedente proporcionalmente aos demais ativos presentes na carteira.

A cada 4 meses, a carteira do IFIX passa por uma reavaliação e os critérios mencionados são reavaliados. Portanto, os FIIs que o integram mudam constantemente, principalmente em períodos com grandes variações no mercado imobiliário. Interessante, não?

Na carteira de março de 2022, por exemplo, o IFIX era composto por 104 FIIs. Na data, os 5 fundos com maiores pesos na carteira eram os seguintes:

  • KNIP11 (6,817%);
  • KNCR11 (3,799%);
  • IRDM11 (3,451%);
  • HGLG11 (3,338%);
  • KNRI11 (3,072%).

É possível investir no índice IFIX?

Chegando até aqui, você pode estar interessado em investir no IFIX. Entretanto, é preciso destacar que ele não é um ativo negociado no mercado financeiro. Mas isso não significa que você não possa utilizá-lo para guiar seus investimentos ou investir no índice de forma indireta, combinado?

Se você quer ter um desempenho próximo ao do IFIX, poderá montar uma carteira semelhante à sua carteira teórica. Porém, essa pode ser uma tarefa custosa. Afinal, incide a taxa de administração, emolumentos e outros custos em cada operação.

Além disso, seria necessário dispor de uma quantia maior de capital para adquirir todas as cotas, certo? Ainda, como a carteira teórica do IFIX pode mudar a cada quadrimestre, você precisaria fazer o acompanhamento e remanejamento do seu portfólio com frequência. E essa dinâmica não seria confortável, não é mesmo?

Outro modo de se expor aos resultados do IFIX é por meio do investimento em ETFs (fundos de índice). Trata-se de uma modalidade de investimento coletiva que visa replicar a performance de um índice de mercado. Eles são formados pela reunião de capital de diferentes investidores.

Esse patrimônio fica sob a gestão de um profissional do mercado financeiro, que será responsável por montar a carteira do ETF à semelhança do índice de referência escolhido. Logo, todo o trabalho de escolha e alteração do portfólio recairá sobre o gestor do fundo — bastante prático, não é?

Ao investir em um ETF atrelado ao IFIX, portanto, você terá uma exposição indireta a esse indicador. Desse modo, os fundos de índice costumam ser mais acessíveis, já que, com apenas uma cota, você participará dos resultados de todos os ativos que integram o seu portfólio.

Conclusão

Agora você sabe que IFIX é o Índice de Fundos de Investimentos Imobiliários, então pode ser interessante utilizá-lo como benchmark do seu portfólio de FIIs. Mas, se você quiser se expor aos seus resultados, também pode investir via ETFs específicos.  Apenas não deixe de avaliar se a alternativa está alinhada à sua estratégia, combinado?

Ficou com alguma dúvida em relação a este tema ou ao conteúdo? Entre em contato com a nossa equipe de assessores!

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