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As commodities são a base da economia mundial e incluem mercadorias imprescindíveis para países em desenvolvimento. Mas você sabia que, investindo em commodities, é possível proteger a sua carteira de investimentos?

Afinal, o preço delas afeta a economia e tem impactos na bolsa de valores brasileira (B3). Contudo, como elas podem envolver riscos mais altos, é essencial conhecer as características dessa alternativa e considerar suas necessidades e preferências antes de investir.

Neste artigo, você entenderá como proteger a carteira investindo em commodities. Vamos lá?

O que são commodities?

O termo commodities se refere aos produtos com baixo grau de transformação ou em estado bruto. Normalmente, são utilizados como matéria-prima e podem ser produzidos em larga escala. Além disso, são materiais que podem ser estocados sem comprometer a qualidade.

Como exemplo, o grão de soja é uma commodity, enquanto os produtos feitos a partir dele, como o tofu, não recebem a mesma designação. Outras características importantes das commodities são a baixa industrialização, grande relevância global e alto nível de comercialização.

O mercado de commodities tem preços definidos pela lei da oferta e demanda desses produtos. Ademais, como a cotação é global, toda vez que há variação no preço de uma commodity, o mercado financeiro mundial sente os impactos.

Como as commodities funcionam?

Como você viu, as commodities são consumidas em larga escala e passam por grandes variações de preços. Portanto, elas também são utilizadas como alternativas para proteção, diversificação e especulação no mercado financeiro.

É possível operar com commodities no mercado futuro, por exemplo. Isso resulta em uma proteção contra as oscilações de preços, tanto para produtores como para compradores. Afinal, a cotação da mercadoria é travada para um momento futuro.

Como o preço das commodities é determinado pelo mercado mundial e varia com a oferta e procura, quando há pequena quantidade de produto no mercado, a cotação costuma aumentar. Por outro lado, quando há grande disponibilidade, o preço tende a diminuir.

No caso dos produtos agrícolas, os períodos de entressafra também costumam fazer os preços subirem. A cotação ainda pode variar de acordo com os custos de produção e paridade de exportação.

Nesse mercado, a indústria secundária adquire as commodities para fabricar produtos de maior valor agregado. Como se tratam de matérias-primas, é comum que as empresas repassem os aumentos e quedas aos consumidores finais.

Quais são os principais tipos de commodities?

Existem diversas classificações de commodities, cada uma apresentando suas próprias características. Conheça os principais tipos:

Commodities agrícolas

Essa classificação é formada por produtos ligados ao agronegócio. Muitos deles são bastante relevantes para o mercado brasileiro. Entre os exemplos, estão:

  • soja;
  • milho;
  • café;
  • boi;
  • trigo;
  • açúcar;
  • algodão.

Commodities minerais

São recursos ligados a minerais e metais que são extraídos ou produzidos, além de outros recursos relacionados à geração de energia. Exemplos desse tipo são:

  • petróleo;
  • gás natural;
  • minério de ferro;
  • ouro;
  • entre outros.

Commodities ambientais

As commodities ambientais também passaram a ser reconhecidas, estando relacionadas aos recursos naturais e à sustentabilidade. Elas envolvem:

  • energia elétrica e eólica;
  • madeira;
  • água;
  • créditos de carbono etc.

Commodities financeiras

Nessa categoria, estão incluídos títulos emitidos pelo Governo e moedas negociadas no mercado. Podemos destacar:

  • índices;
  • câmbio;
  • títulos públicos.

Quais commodities se destacam no mercado brasileiro?

Agora você sabe que existem diversos tipos de commodities e pode pensar em quais são mais importantes para o mercado brasileiro. Afinal, o Brasil é um país abundante em recursos naturais e produz e exporta diversos produtos — principalmente dos setores minerais, agrícolas e ambientais.

Por serem responsáveis pela maior parte das exportações, essas commodities têm grande peso na economia nacional. Nesse sentido, os principais produtos que se destacam no agronegócio brasileiro são soja, café e carne.

Já os recursos minerais que promovem maiores lucros para a economia nacional são o ferro, alumínio e petróleo. No entanto, vale ressaltar que o Brasil está sujeito às decisões externas de preços no momento de vender as commodities.

Por esse motivo, mesmo quando a economia interna está com um desempenho positivo, crises em outros países podem afetar os resultados nacionais. Como consequência, pode haver impacto na bolsa de valores brasileira (B3).

Isso porque existem diversos derivativos de commodities negociados na B3. Por exemplo:

  • soja;
  • milho;
  • café;
  • boi gordo;
  • ouro;
  • dólar.

Como proteger a carteira investindo em commodities?

Após saber mais sobre as commodities, é importante entender que é possível fazer operações no mercado financeiro buscando a proteção da carteira de investimentos. Essa estratégia também é conhecida como hedge.

Nesse caso, o investidor foca em proteger seu portfólio contra as grandes variações nos preços dos ativos. Alternativas como ouro e dólar são bastante utilizadas para esse objetivo, mas a escolha dependerá das suas necessidades.

Quem tem uma carteira composta por ações, por exemplo, pode usar o ouro para proteger o portfólio. Isso acontece porque o mineral é considerado um dos ativos fortes e seguros do mundo.

Além disso, o preço dessa commodity não está atrelado a nenhum Governo. Logo, a cotação não sofre interferências governamentais e segue a lei da oferta e demanda.

Em momentos de crises econômicas, é comum que mais pessoas procurem o ativo, fazendo o preço subir. Dessa forma, o ouro tem uma relação inversa às variações das ações, por exemplo. Consequentemente, ter o ativo pode trazer equilíbrio para as possíveis perdas da carteira de investimentos.

Antes de investir em commodities, no entanto, tenha em mente que o risco dessas operações é maior. O principal motivo para isso é a volatilidade dos preços. Portanto, a sua tolerância ao risco deve estar alinhada às condições de negociação, combinado?

Se essas operações estiverem alinhadas ao seu perfil, algumas possibilidades para se expor às commodities são:

Mercado futuro

As negociações no mercado futuro acontecem na bolsa de valores. Nesse caso, há um ajuste diário de acordo com os ganhos ou perdas relacionadas ao contrato. Portanto, o valor é creditado ou debitado diariamente na conta do investidor.

Fundos de investimento

Se o seu objetivo é investir em ouro, índices ou moedas visando o longo prazo, é possível fazer isso por meio de fundos de investimento — incluindo ETFs (exchange traded funds). Dessa forma, você pode se expor a essas commodities por meio da aquisição de cotas.

Ações de empresas ligadas às commodities

Para se expor às commodities também é possível fazer aportes diretos em ações de empresas ligadas a elas. É o caso, por exemplo, da Vale, Petrobras, Bradespar e PetroRio, entre outras.

Percebeu como quem está investindo em commodities consegue proteger a carteira? Se você tem interesse em incluir essas alternativas no portfólio, precisa estudar as possibilidades para encontrar aquelas mais alinhadas às suas necessidades. Ainda, caso tenha dúvidas sobre o assunto, conte com o suporte de uma assessoria de investimentos.

Precisa de apoio para saber mais sobre como incluir as commodities no seu portfólio de investimentos? Entre em contato conosco e tire as suas dúvidas!

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