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A diversificação de investimentos é uma estratégia recomendada para diluir riscos e ampliar o potencial de rentabilidade da carteira. Para aplicá-la, você deve contar com alternativas que tenham movimentações descorrelacionadas.

Uma forma de buscar a diversificação se dá pela exposição a ativos e títulos de outros países. Contudo, ao considerar essa prática, é comum se perguntar sobre qual é melhor alternativa: investir pela B3 ou diretamente fora do país?

Você sabe como tomar essa decisão? Neste conteúdo, você aprenderá como funcionam os aportes via B3 e o investimento direto para saber qual é a melhor alternativa. Vamos lá?

Como funcionam os investimentos via B3?

A B3 é a bolsa de valores brasileira. Ou seja, é o ambiente de negociação onde os investidores operam com ativos e derivativos de renda variável. Entre as alternativas de investimentos mais conhecidas, estão as ações e os fundos de investimento imobiliário.

Mas você sabia que pode se expor a ativos e veículos de investimento atrelados aos mercados internacionais pela B3? Quem quiser diversificar a carteira contando com a exposição estrangeira pode fazer isso pela própria bolsa brasileira.

Conheça as principais alternativas que podem proporcionar a exposição internacional:

ETFs

A primeira forma de investir com foco no mercado internacional são os ETFs. Essa sigla significa exchange traded fund, mas no Brasil eles também são chamados fundo de índice. Isso porque os ETFs são fundos de investimento.

Eles são veículos de investimento que permitem o aporte em uma carteira coletiva. Os investidores interessados em participar do fundo podem comprar suas cotas — que representam uma fração ideal do patrimônio.

Já o portfólio do veículo é administrado por um gestor profissional. Ele tem a responsabilidade de montar a carteira, realizar as negociações necessárias e alcançar os objetivos propostos.

Em muitos fundos, a gestão tem independência para gerir o portfólio. Contudo, há limitações nos ETFs, pois o objetivo do fundo é espelhar os resultados de um índice-alvo. Por isso, o gestor realiza os investimentos de acordo com a carteira teórica do indicador.

Esses indexadores podem ser escolhidos entre diferentes mercados e segmentos, inclusive os internacionais. Vale saber que existem cotas de ETFs disponíveis na B3 que seguem índices de fora do país, como o S&P 500, NASDAQ 100, MSCI, entre outros.

Assim, um fundo de índice que segue o S&P 500, por exemplo, terá um portfólio com ações das 500 empresas mais negociadas na bolsa dos Estados Unidos. Interessante, não é mesmo?

BDRs

Outra alternativa de investimento disponível na bolsa de valores e que permite um aporte indireto em ativos de fora do país são os BDRs. Os brazilian depositary receipts são certificados de depósito em valores mobiliários.

Então o BDR é um tipo de recibo lastreado em ativos negociados no exterior. Para emiti-los, uma empresa atua como instituição depositária. Ela adquire o investimento — que pode ser ações, fundos de índice e títulos de dívida — no exterior, faz o depósito e o bloqueia em ambiente próprio.

Depois ocorre a emissão do BDR, que é lastreado no investimento internacional. Desse modo, a depositária não tem a permissão de negociar, trocar ou se desfazer do ativo que dá lastro a um BDR. Como resultado, ele pode ser negociado por meio da bolsa de valores.

Quando você investe em um BDR, não está comprando diretamente o investimento internacional, mas sim um certificado lastreado nele. Logo, o investimento é indireto. Ademais, ele sofre oscilações conforme o câmbio do real com a moeda do ativo original.

Na B3, você consegue encontrar diversos BDRs — inclusive aqueles atrelados a ações das principais empresas do mundo. Com eles você consegue se expor aos ativos da Apple, Amazon, Facebook, Tesla, entre outras.

Como funcionam os investimentos fora do Brasil?

Você já sabe como funciona o investimento na B3 em alternativas estrangeiras. Então que tal aprender como é possível fazer o aporte direto? Entender essa questão facilita a sua tomada de decisão. Isso porque não é possível realizar os aportes internacionais por meio de instituições brasileiras.

Por isso, o primeiro passo é abrir conta em corretoras ou bancos de investimentos internacionais. Você quer investir em uma ação listada na NYSE (New York Stock Exchange)? Então deve ter conta em uma instituição norte-americana.

Caso deseje aproveitar oportunidades de outro país, será preciso abrir mais contas. Também é necessário enviar recursos para sua conta internacional. Isso traz a necessidade de realizar o câmbio, pagar taxas de remessa e os impostos aplicáveis.

Só então você acessa o ambiente da bolsa de cada país, escolhe os ativos e envia a ordem de compra. Para efetuar o resgate também haverá custos com o câmbio. Além disso, o investidor deve ficar atento às leis e tributação dos locais.

Investir fora do país ou via B3: qual é a melhor opção?

Agora que você entende as duas possibilidades para investir no exterior, pode definir a melhor opção. Para isso, é válido considerar seus objetivos financeiros e suas necessidades como investidor. Essa é uma decisão pessoal, que deve ser analisada em cada caso, combinado?

Ao pensar sobre isso, não deixe de considerar que investir via B3 traz menos burocracia e custos, além de garantir mais praticidade. Negociando ETFs ou BDRs, há exposição internacional de forma simples, realizando negociações em reais e se submetendo às leis brasileiras já conhecidas.

Se você decidir investir nas alternativas da B3, a escolha entre BDRs e ETFs também deve ser bem pensada. Como vimos, eles possuem funcionamentos distintos e suas próprias vantagens, desvantagens e riscos.

Quer facilitar essa decisão e ter embasamento para a escolha? Considere o suporte de uma assessoria de investimentos. Os profissionais podem explicar melhor como funciona cada alternativa, considerando seu perfil e objetivos.

Como investir em alternativas do exterior na B3?

O procedimento para negociar BDRs ou cotas de ETFs na B3 é bastante prático. Primeiro, abra sua conta em um banco de investimentos — como o BTG Pactual — e transfira os recursos que deseja investir. Depois é só acessar o home broker: a plataforma que dá acesso às alternativas da B3.

A pesquisa dos ativos é feita pelo ticker ou código de negociação. Nos resultados da busca, você verá o preço do momento e pode enviar sua ordem de compra. Assim que houver a liquidação, o ativo já fará parte de sua carteira de investimentos.

Pronto! Agora você já sabe a diferença entre investir fora do país ou via B3. Com esses conhecimentos, fica mais fácil tomar uma decisão embasada. Portanto, não se esqueça de pesquisar e analisar cada alternativa com calma, ok?

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