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O mercado financeiro oferece diversas oportunidades para os investidores, mas algumas ainda não são tão conhecidas. Por exemplo, é possível investir em empresas que não estão listadas na bolsa de valores. Você conhece essa opção? Para entendê-la, é necessário saber o que é private equity.

Esse tipo de investimento privado funciona de maneira bastante específica, pois seu intuito é financiar pequenos e médios negócios. Por isso, ele também tem ganhado cada vez mais destaque entre os investidores qualificados brasileiros.

Neste artigo que a Lotus Capital preparou, você entenderá o que é private equity e como funciona esse investimento. Continue a leitura e saiba mais!

O que é private equity?

Antes de saber mais sobre a possibilidade do mercado, é importante entender o que é private equity. Trata-se de uma forma de investimento privado que é feito diretamente em empresas de capital fechado.

Ou seja, suas ações não são negociadas na bolsa de valores. No entanto, essas empresas podem aceitar investimentos de outras companhias ou de investidores qualificados. Além de injetar dinheiro no negócio, quem investe passa a integrar o capital social da empresa.

Assim, os investidores tornam-se sócios da empresa e participam ativamente da gestão. A sua atuação, portanto, influencia o crescimento e a valorização da empresa, então deve ser feita de modo a incentivar um retorno positivo para o investimento.

Após determinado período, o investidor pode se desfazer da posição e vender sua participação na empresa para obter lucro com a negociação. Tal característica é uma das responsáveis por fazer com que o private equity possa trazer retornos interessantes.

O que são os fundos de private equity?

Agora que você sabe o que é private equity, pode entender o que são os fundos que tratam desse investimento. Eles são similares aos fundos de ações, que possuem uma série de empresas na carteira. Contudo, nesse caso, o investimento é voltado às empresas não listadas na bolsa.

Em geral, os fundos de private equity aportam dinheiro em companhias que estão em fase de reestruturação ou de crescimento. Como, normalmente, elas ainda não cumprem os requisitos para abrirem capital na bolsa, esses fundos trazem uma solução para a captação de recursos.

Uma característica importante dos fundos private equity é que eles têm foco no longo prazo. Portanto, o ideal é que o investidor esteja preparado para se comprometer em manter seu dinheiro investido por vários anos.

Saiba também que esses fundos podem investir em diversos setores, principalmente nos que apresentam boas perspectivas de consolidação para o negócio. Então é bastante comum que empresas que abriram seu capital na bolsa tenham passado por esse investimento externo antes.

Como funcionam?

Os fundos private equity funcionam, basicamente, da mesma forma que outros fundos de investimento. Ou seja, os investidores se tornam cotistas e podem aproveitar as vantagens de seus aportes. A grande diferença é que eles são destinados a investidores qualificados ou empresas.

Nesse caso, o investimento pode ocorrer via fundos de investimento em participações (FIP). A modalidade é regulamentada pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Funciona da seguinte forma: os investidores adquirem cotas do fundo e os gestores utilizam o montante acumulado para efetivar a participação societária nas empresas escolhidas. O foco, como você viu, não é apenas se tornar sócio do negócio.

Na verdade, os investidores buscam participar da administração da empresa de maneira ativa. Dessa maneira, quando se trata de fundos de private equity, os gestores têm função decisiva nas deliberações empresariais estratégicas.

Planos de crescimento, operações internas, medidas financeiras, estratégias comerciais, entre outras práticas, são exemplos de atividades que podem contar com a colaboração dos gestores.

Saiba, ainda, que muitos empreendimentos que aceitam investimentos desse tipo são de médio porte. O motivo para isso é que essas empresas estão focadas no crescimento, então aceitam receber esse suporte administrativo dos investidores.

Bastante interessante, não é mesmo?

Para quem é indicado?

Você já aprendeu que os fundos private equity estão disponíveis apenas para investidores qualificados. Isso significa que são voltados para quem tem R$ 1 milhão comprovadamente investidos ou são profissionais com certificação do mercado financeiro.

Além disso, eles podem ser mais adequados para investidores com perfil arrojado. Portanto, é necessário estar disposto a correr maiores riscos em busca de melhores oportunidades de rendimentos no longo prazo.

Qual é a diferença entre private equity e venture capital?

Quando se fala em private equity, pode surgir confusão em relação ao venture capital. Apesar de serem dois investimentos bastante parecidos, feitos em empresas de capital fechado, existem diferenças.

O venture capital tem foco em empresas pequenas — especialmente startups. Embora esses negócios estejam no início, apresentam grande potencial de crescimento.

Por essa característica, o venture capital é considerado um investimento de maior risco quando comparado ao private equity. Afinal, o primeiro visa investir em empresas que ainda não têm um mercado estável ou estão iniciando seus processos de operação e logística.

Já o private equity busca negócios que já apresentam certa estabilidade. Para isso, eles procuram empreendimentos que tenham um modelo claro de administração, atuem em um mercado estabelecido e apresentem um histórico de bons lucros.

Quais são os riscos e vantagens dos fundos private equity?

Depois de conhecer as particularidades do investimento, vale saber quais vantagens ele pode oferecer. Para os investidores qualificados que têm condições de investir no longo prazo, os fundos private equity podem oferecer um bom retorno.

Com relação à tributação envolvida, o Imposto de Renda corresponde a 15% do lucro obtido. Apesar de apresentar riscos elevados, eles podem ser menores quando comparados com outros FIPs disponíveis no mercado.

Outro ponto positivo é que o investimento pode ser feito em empresas de setores diferentes, dependendo das escolhas do gestor. Essa é uma forma de diversificar a carteira do investidor. No entanto, é importante estar atento aos riscos, pois eles podem ser significativos.

Mesmo que os fundos sejam focados em negócios mais maduros, os aportes ainda são feitos em empresas menores e que não têm capital aberto. Por fim, as condições de resgate podem não ser flexíveis, então é comum que eles tenham baixa liquidez.

Agora que você sabe o que é private equity e como os fundos baseados nesse investimento funcionam, vale analisar a alternativa. Ela pode ajudar a compor e a diversificar o portfólio de investidores qualificados. Porém, avalie se ela é alinhada ao seu perfil e objetivos antes de investir.

Se interessou pelo assunto, mas tem dúvidas se o fundo private equity é adequado para você? Entre em contato conosco e converse com um de nossos assessores!

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