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Os fundos de investimento são uma modalidade muito comum de aplicação financeira no Brasil, e que tem ganhado ainda mais espaço nos últimos anos, especialmente diante da queda na rentabilidade dos investimentos em renda fixa.

Para se ter uma ideia da popularidade dos fundos, segundo dados da ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), a indústria atingiu no país, em 2019, o valor recorde de R$ 5,2 trilhões em patrimônio líquido, com um total de mais de 16,4 milhões de contas ativas.

Se você gosta de diversificar as suas aplicações, é bem possível que tenha algum dinheiro alocado nessa modalidade de investimento. Ainda assim, é provável que tenha dúvidas sobre como ela funciona. Mas não se preocupe, neste artigo, vamos esclarecer tudo o que você precisa para entende-la e tomar as melhores decisões em relação a sua carteira. Vamos lá?!

O que são Fundos de Investimento?

Quem acompanha o nosso blog e leu o nosso artigo sobre fundos imobiliários, provavelmente vai identificar grandes semelhanças entre essas duas categorias de aplicação. Assim como os FIIs, os fundos de investimento são estruturados a partir da reunião de diversos investidores com um mesmo objetivo: rentabilizar o capital aplicado.

Eles são organizados sob a forma de pessoa jurídica e funcionam de maneira muito parecida com um condomínio residencial, onde cada investidor adquire uma quantidade específica de cotas (apartamento) paga uma mensalidade de administração para que alguém gerencie o fundo (sindico ou administrador) e segue algumas regras preestabelecidas (registradas em um regulamento), aplicadas igualmente a todos os cotistas.

A regulamentação dos fundos fica a cargo da CVM e da AMBIMA, órgãos responsáveis por classificar e fiscalizar suas atividades.

Estrutura dos Fundos de Investimento

A estrutura gerencial de um fundo de investimento costuma ser composta por um gestor, um administrador, um custodiante, um auditor e um distribuidor, cada qual com responsabilidades distintas e complementares, visando garantir, acima de tudo, transparência e independência. A seguir, você confere o papel de cada um deles:

Gestor: Responsável por tomar as decisões de investimento do fundo (onde os recursos serão aplicados), respeitando sempre as estratégias preestabelecidas.

Administrador: Profissional que deve garantir o bom funcionamento do fundo de investimento. Cabe a ele fazer o controle de todos os prestadores de serviço envolvidos com o fundo e garantir que os interesses dos cotistas sejam respeitados. Também é ele o responsável por gerar os relatórios de rentabilidade.

Custodiante: Instituição financeira responsável pela custódia dos ativos que compõem o fundo.

Auditor: Empresa responsável por fiscalizar o fundo e garantir que as suas operações aconteçam de acordo com as normas legais do mercado financeiro.

Distribuidor: Empresa responsável por vender as cotas dos fundos aos investidores interessados.

Tipos de Fundos de Investimento

Atualmente, existem fundos de investimento diversos, com composições de produtos financeiros e políticas de aplicação distintas entre si. Aqui, destacaremos 05. São eles:

Fundos de Renda Fixa

São compostos, majoritariamente (pelo menos 80%), por investimentos em produtos de renda fixa (prefixada ou pós-fixada). Os 20% restantes podem ser alocados, por exemplo, em derivativos. Esse é o tipo de fundo mais indicado para pessoas que não desejam abrir mão da segurança em detrimento de uma boa rentabilidade

Fundos de Ações

No caso do fundo de ações, o investimento do dinheiro dos cotistas deve ser feito, preponderantemente, em ações negociadas na bolsa de valores (cerca de 67%), e portanto, o rendimento esperado varia conforme a valorização dos papéis escolhidos.

Podem existir ainda dois tipos de fundos nesse cenário – os passivos, cuja rentabilidade está atrelada a um índice específico; e os ativos, onde se busca alcançar lucratividade superior ao benchmark indicado (Ibovespa, IBA, etc);

Fundos Cambiais

São fundos com a obrigação de investir no mínio 80% dos recursos dos cotistas em dólares, euros ou em ativos que representam a variação dessas moedas, como títulos públicos ou privados. A principal vantagem desse investimento é a oportunidade de acompanhar o desempenho de uma moeda estrangeira com liquidez, minimizando os riscos de eventuais choques nesse campo.

Costumam ser indicados para quem deseja proteger o patrimônio contra as fortes oscilações de outras moedas contra o real;

Fundos Multimercado

Nesse tipo de fundo, existe uma vasta gama de investimentos (juros, câmbio, ações) e, por isso, costumam ter variados tipos de estratégia, indicado para objetivos diversos. Permite aos seus gestores fazer aportes tanto em títulos de renda fixa quanto em produtos de renda variável (respeitando sempre as proporções preestabelecidas em regulamento e as estratégias definidas para o fundo).

Uma de suas vantagens é a possibilidade de adaptação aos diferentes momentos do mercado, podendo se proteger e capturar tendências com mais efetividade. Costumam ser recomendados para quem busca maior diversificação na carteira e pessoas com mais tolerância a risco.

Fundos de Dívida Externa

Nesse tipo de fundo, no mínimo 80% dos títulos são da dívida externa da União, e o rendimento é determinado pelo desempenho dos papéis no mercado internacional; taxas de juros pagas pelos ativos; e a taxa de câmbio do dólar frente ao real.

Existem outros tipos como, por exemplo os Fundos Imobiliários, os Fundos Referenciados, FIC (que são os Fundos de Investimento em Cotas), e por aí vai.

O investimento em fundos costuma ter uma relação muito direta com o que se espera, já que a variedade é imensa. Por isso, para escolher o melhor na hora de aplicar, o mais importante é que você entenda com clareza qual é o seu perfil e, acima de tudo, quais são os objetivos que tem para com o capital que pretende investir.

E quais são os riscos envolvidos?

Como todo investimento, os fundos possuem alguns riscos que precisam ser avaliados. No entanto, eles variam muito e dependem diretamente do tipo, da estratégia de investimento adotada e dos ativos que compõem o portfólio.

Os fundos de renda fixa, por exemplo, são sempre mais seguros que os fundos de ações, por razões óbvias. O ponto chave aqui é (e fazemos questão de insistir nesse ponto) compreender qual é o seu perfil e qual é a sua aptidão para assumir riscos, bem como qual a sua expectativa de rentabilidade diante da aplicação.

Mas e se, por exemplo, a gestora do fundo quebrar? Quais são as minhas garantias? Bem, vamos lá… Por possuírem um CNPJ próprio e independente da gestora, no caso de falência, uma nova gestora é escolhida para dar continuidade à gestão dos investimentos sem que haja nenhum ônus aos cotistas. A mesma lógica vale no caso de o banco custodiante falir (muda-se apenas a instituição responsável pela custódia, uma vez que o patrimônio do banco não se mistura com o do fundo). Interessante, não é?

Outro ponto para o qual é preciso direcionar a atenção são os custos envolvidos por conta das taxas de administração, performance, taxa de saída e tributação, afinal, elas podem impactar diretamente na rentabilidade do fundo.

É preciso que se faça uma avaliação cuidadosa para compreender se elas são coerentes principalmente com o tipo de gestão estabelecido e com a capacidade do fundo de entregar resultados aos seus cotistas. Vamos nos aprofundar um pouco mais nessa questão, pois ela é bem importante.

Taxa de administração

Todos os fundos de Investimentos, sem exceção cobram uma taxa de administração para gerenciar as suas atividades. Ela varia muito de acordo com o tipo escolhido.

Vale destacar que os relatórios e os históricos dos fundos já apresentam o rendimento obtido descontando a taxa de administração, o que facilita bastante a mensuração de seu impacto sobre o resultado final.

Taxa de performance

Além da taxa de administração, muitos dos fundos existentes no mercado costumam cobrar uma taxa conhecida como Taxa de Performance. Ela se refere a um percentual no caso de rendimento superior ao índice previamente informado.

Embora ela tenda a desagradar o investidor, o lado bom é que quando a taxa é paga, isso significa, necessariamente, que o fundo performou acima das expectativas de valorização. Ou seja, a gestora ganhou, mas você também colocou mais dinheiro no bolso.

Taxa de saída

A taxa de saída é cobrada do investidor quando este decide resgatar os valores antes do prazo preestabelecido pelo regulamento do fundo. Elas costumam variar de acordo com instituição financeira e fundo escolhido, e precisam ser avaliadas com cuidado uma vez que pode acontecer de você precisar do seu capital, por exemplo, para cobrir alguma emergência.

Tributação

A tributação em fundos de investimento costuma variar de acordo com o tipo e o tempo de aplicação prevista.

Em regra geral, na maioria dos fundos acontece a antecipação do recolhimento do Imposto de Renda (prática apelidada de come-cotas). Trata-se de uma dedução semestral de cotas dos fundos, em alíquotas que variam entre 20% ou 15%. Ao invés de pagar apenas no momento do resgate, esse recolhimento acontece a cada seis meses, no ultimo dia de maio e no ultimo dia de novembro.

Imposto de Renda em fundos de ações

Diferente dos outros fundos, os de ações têm um tipo diferente de cobrança do IR. Neles, acontece a incidência de 15% sobre o rendimento bruto, apenas no resgate, independentemente do tempo de aplicação.

Por fim, vale citar como dois últimos pontos de atenção a questão da liquidez, já que alguns fundos pedem um número específico de dias para que seja possível resgatar o capital, e o fato de que eles não oferecem ao investidor a flexibilidade de escolher onde os recursos serão alocados (essa decisão é integralmente do gestor).

Vantagens de Investir em Fundos de Investimento

Se você nos perguntar: “Vale a pena investir em fundos de investimento”? A nossa resposta é: Sim, vale muito. Afinal, os fundos apresentam algumas vantagens bem interessantes.

A principal é o fato deles oferecerem ao investidor a possibilidade de diversificar a carteira sem a necessidade de dividir o capital em diversas aplicações. Além disso, por terem valores mínimos de entrada geralmente baixos, eles acabam oferecendo a chance de exposição a ativos e derivativos bem interessantes com custos e riscos diluídos (e cujo acesso seria mais difícil ao investidor comum que tentasse fazer tudo por conta própria).

Por fim, vale destacar que o mercado brasileiro oferece fundos bastante interessantes, com um excelente histórico e que contam com gestão altamente profissional.

Quero começar a investir… Como proceder?

Para investir em fundos de investimentos, é preciso, antes de mais nada, procurar uma corretora ou um banco de investimentos de sua confiança. Como dissemos anteriormente, vale avaliar também se eles oferecem taxas atraentes, retornos interessantes e, de preferência, uma assessoria confiável para te auxiliar na tomada de decisões sobre suas aplicações.

Em seguida, basta abrir uma conta nessa instituição e pesquisar, com auxílio do seu assessor, o máximo possível de informações a respeito dos fundos disponíveis. (Nessa hora, um bom parceiro deve te oferecer todo o auxílio e, principalmente, compreender o seu perfil e os seus objetivos, para que você dê seus primeiros passos com maior confiança).

Depois, baseado nessa avaliação, basta escolher os fundos que combinam com o seu perfil e aplicar o seu capital.

Uma sugestão. Que tal marcar uma conversa com um dos assessores da Lotus? Assim você pode entender melhor como funciona o nosso serviço de assessoria e como podemos te ajudar a obter a melhor rentabilidade em sua carteira.

Ao saber o que você precisa, quais riscos topa correr e o tipo de retorno que espera, nossa equipe de especialistas terá plenas condições de oferecer as melhores opções de fundos do mercado. Não custa ressaltar… por termos como parceiro de negócios o BTG Pactual, o maior banco de investimentos da América Latina, temos acesso a uma prateleira com mais de 300 fundos de investimento premiados e 132 gestores disponíveis para alocar o seu patrimônio.

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