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“Achei um poço de petróleo e fiquei mais pobre”

Entenda o fator do preço do petróleo….

O petróleo é e sempre foi uma das commodities de maior valor agregado do mercado, uma maneira de obter-se alta riqueza a partir da exploração de seus campos. Para muitos países do mundo, o principal motor do desenvolvimento econômico.

No Brasil, uma nação de altíssima densidade da commodity em seu território e grande produtividade, ela ocupou o 2º lugar na pauta de exportações nos últimos 12 meses, representando 15% do peso, atrás somente da soja.

Guerra comercial e a queda dos preços

No mês de abril, no entanto, o cenário em torno do petróleo foi bastante diferente do habitual, graças a uma guerra comercial global entre fortes produtores pelo mundo, o que proporcionou uma elevada queda do preço do petróleo no mercado.

A notícia veio como uma bomba para os investidores, principalmente por ter ocorrido em meio à maior crise de saúde vivida pela nossa geração, em contexto de calamidade pública que acarretou a diminuição do consumo mundial e impulsionou ainda mais o agravamento da guerra comercial.

A frase inicial do texto, obviamente, foi uma sátira, mas representa bem o momento que vivemos. Afinal, pela primeira vez na história o petróleo futuro WTI, índice que compõe o preço de entrega futura nos barris de petróleo (referência para os Estados Unidos), ficaram negativos. Além disso, ocorreu o menor nível em 21 anos do barril do tipo Brent, negociado em Londres.

Mas o que isso significa, objetivamente?

Significa que os produtores estavam com níveis de estoque altíssimos e não possuíam alternativa de estocagem. Por tal motivo, precisaram pagar para que alguém comprasse os estoques no mês vigente. Isso aconteceu em contratos de curto prazo, já que as demandas caíram drasticamente.

Para se ter uma ideia, de acordo com a consultoria francesa Kpler, especializada em análise de mercados de energia, a demanda por combustíveis apresenta atualmente retração média de 30% em todo o mundo.

As incertezas causam insegurança e volatilidade, levando algumas ações do setor a oscilarem de forma negativa. Ainda que na sequência das notícias, Rússia e a Arábia Saudita tenham chegado a um acordo momentâneo para reduzir a oferta, segurar o preço do petróleo e amenizar a volatilidade, os capítulos seguintes dessa história seguem difíceis de prever.

Petróleo em recuperação

Nessa sexta-feira (15/05), por exemplo, diante dos sinais de que a procura pela commodity pode aumentar, o Petróleo West Texas Intermediate (WTI) subiu 2,36%, nos US$ 28,21 por barril, depois de atingir 28,75 dólares, nível mais alto desde o início do mês de Abril. Em Londres, o barril tipo Brent acompanhou a tendência e subiu 2,6%, a US$ 31,94, depois de atingir US$ 32,50, o nível mais alto desde o dia 13 do mês passado. Ambos os contratos estão a caminho de uma terceira semana consecutiva de ganhos.

Para quem investe no mercado e nas empresas do setor, o mais importante no momento é se manter bem informado para evitar maiores surpresas. Nós, da Lotus Capital, podemos te ajudar. Para saber mais, entre em contato com os nossos especialistas.

Texto por: Felipe Mol

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