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Saber como funciona o Tesouro Direto é importante para ter acesso a alguns dos investimentos mais populares do Brasil. Essa plataforma é oferecida pelo Governo Federal e pode ser acessada de forma simples pelos brasileiros.

Antes de fazer seus investimentos, no entanto, é necessário conhecer os títulos disponíveis e as suas características. Afinal, o Tesouro Direto não trata de um único investimento, mas de um conjunto de aplicações com particularidades específicas.

Neste artigo, você entenderá como funciona o Tesouro Direto para fazer seus investimentos de forma adequada. Continue a leitura e confira!

O que é o Tesouro direto?

Embora muitos investidores não saibam, o Tesouro Direto não é, de fato, um investimento. Na verdade, é um programa do Governo Federal que oferece títulos públicos para que investidores pessoas físicas possam investir pela internet.

A plataforma foi lançada em 2002 em parceria com a B3 — a bolsa de valores brasileira. Isso tornou os títulos públicos mais acessíveis, pois, antes dessa data, apenas empresas podiam investir no Tesouro Nacional.

Além disso, é importante saber que é possível encontrar diversos títulos entre opções disponibilizadas no Tesouro Direto. Logo, cada um pode ser mais adequado a objetivos diferentes, por apresentarem rentabilidades e prazos diversos.

Como funciona o Tesouro Direto?

Na prática, aplicar no Tesouro Direto significa investir em títulos da dívida pública federal. Portanto, eles possibilitam ao Governo obter crédito por meio dos investidores. O dinheiro pode ser usado para financiar suas atividades, como custos com saúde, educação e infraestrutura.

Em contrapartida, o Governo Federal garante a devolução do montante com juros aos investidores. Ou seja, o investimento funciona como um empréstimo. Além disso, com a criação e popularização do Tesouro Direto, os brasileiros podem fazer aplicações com valores acessíveis.

Em alguns títulos, por exemplo, o aporte mínimo é de R$ 30. Assim, a plataforma consegue trazer benefícios para todas as partes. Para o Governo, essa é mais uma forma de financiar suas atividades pagando juros mais baixos.

Enquanto isso, para o investidor, é uma maneira de alocar seu capital em alternativas de investimento com maior segurança. Afinal, os títulos públicos são considerados os investimentos mais seguros do mercado financeiro.

Isso porque o Governo é a instituição mais sólida do país e os títulos são assegurados pelo Tesouro Nacional. Mesmo em uma situação de grave crise econômica, o poder executivo nacional ainda poderia imprimir papel-moeda.

Quais são os títulos disponíveis no Tesouro Direto?

Como você viu, o Tesouro Direto é uma plataforma do governo e não se refere a apenas uma aplicação. Existem diversos títulos públicos disponíveis na plataforma, com características variadas. Conheça os principais tipos a seguir:

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é uma das aplicações mais conhecidas entre os investidores. O motivo é que ele é muito utilizado como um substituto à caderneta de poupança. Inclusive, um dos seus benefícios é a rentabilidade acima da caderneta de poupança, pois rende 100% da taxa Selic.

Outra característica importante do Tesouro Selic é a alta liquidez — que, na verdade, é uma vantagem de todos os títulos públicos. O Governo Federal garante a recompra dos títulos sempre que o investidor quiser fazer o resgate antes do prazo de vencimento.

No entanto, os demais títulos públicos estão expostos à marcação a mercado, que faz com que eles sofram variações de preço ao longo do tempo. Portanto, eles apresentam o risco de perda de parte do valor aplicado em caso de resgate antecipado.

Dessa forma, a taxa de juros contratada nas aplicações é garantida apenas se o investidor mantiver o título até o vencimento. Logo, os saques realizados antes estão sujeitos à cotação do dia. A diferença, aqui, é que o Tesouro Selic tem uma exposição menor às variações.

Tesouro prefixado

A rentabilidade do Tesouro prefixado é definida previamente em um percentual. Assim, você pode calcular exatamente quanto receberá no vencimento do título. Outro diferencial desse investimento é que não há apenas uma alternativa disponível na plataforma.

O Tesouro Direto oferece diversas opções de títulos prefixados, com taxas de juros e prazos diferentes. Você também encontrará na plataforma a aplicação prefixada tradicional e a com cupom de juros semestrais.

No primeiro caso, o valor aportado acrescido do rendimento é recebido no momento do vencimento do título. No segundo, o Governo faz o pagamento semestral dos juros ao investidor.

Tesouro IPCA

Por fim, a rentabilidade do Tesouro IPCA apresenta uma taxa pós-fixada e outra prefixada. Na prática, a parte pós-fixada está atrelada ao principal índice de inflação brasileiro, o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo).

A parte prefixada pode variar de acordo com o título. Isso garante que o rendimento estará sempre acima da inflação. Para os outros investimentos, é necessário calcular por conta própria a rentabilidade real.

Assim como o Tesouro prefixado, existem diversas opções de títulos atrelados ao IPCA para escolher, com e sem o pagamento de juros semestrais. Os prazos e taxas também variam entre eles.

Quais são as vantagens e riscos do Tesouro Direto?

Apesar de você já saber que os títulos públicos são os investimentos mais seguros do país, isso não significa que não há riscos. O perigo de calote, nesse caso, é muito baixo, mas é importante ter cuidado com o risco de liquidez gerado pela marcação a mercado.

Com relação às vantagens, uma das principais é a acessibilidade. Os títulos do Tesouro aceitam investimentos mais baixos quando comparados a outras alternativas de renda fixa.

No caso dos títulos atrelados ao IPCA, existe a proteção contra a inflação. Assim, o seu dinheiro não perde poder de compra ao longo do tempo. Outro ponto positivo é a possibilidade de programar aplicações periódicas de forma automática.

Por fim, também existe a facilidade de fazer resgates antecipados, pois o Governo garante a recompra dos títulos, como você viu. Em muitas aplicações de renda fixa privada, isso não é permitido, o que pode trazer dificuldades ao investidor.

Para quem os títulos do Tesouro podem ser adequados?

Como são alternativas com alta segurança, os títulos públicos costumam ser adequados para investidores conservadores. Por isso, são considerados o ponto inicial para muitas pessoas no mercado financeiro, especialmente os que desejam deixar de investir na caderneta de poupança.

No entanto, investidores com perfil arrojado ou moderado também podem se beneficiar desses investimentos. Afinal, manter títulos públicos na carteira pode ser útil para manter a reserva de emergência ou para equilibrar riscos, por exemplo. Tudo dependerá de seus objetivos.

Agora que você sabe o que é e como funciona o Tesouro Direto, pode analisar as características de cada aplicação para montar uma carteira diversificada. Lembre-se de que os títulos públicos podem auxiliar em objetivos que exigem maior segurança ou liquidez, por exemplo.

Ainda não sabe qual título do Tesouro escolher? Complemente a leitura e entenda por que contar com uma assessoria de investimentos na hora de investir!

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